Inovação
- vohaus
- 12 de ago.
- 2 min de leitura

Se houvesse um prêmio de popularidade para uma palavra que captasse a curiosidade dos acadêmicos, dos políticos, da mídia e do mundo dos negócios, uma forte candidata seria a palavra "inovação" Em conjunto com o vocábulo "empreendedorismo", deixa no ar a mágica promessa de abrir todas as portas e de abrir novos mercados, possibilitando maior eficiência nas empresas e crescimento econômico.
A palavra "inovar" deriva do latim innovo+are, que significa, renovar, inventar, criar de forma simples, inovação significa ter uma nova ideia ou, por vezes, aplicar as ideias de outras pessoas em novidades ou em uma nova forma, como refere Michel Vance.
A inovação é aquilo que fazemos de novo todos os dias da nossa vida cotidiana e cujo resultado é geralmente o desejado. De uma certa forma, todos nós somos inovadores! Antes de mais nada, inovação implica dois elementos fundamentais: criatividade e ideias novas. Mas é mais que ter ideias: é necessário que a concepção seja implementada e tenha o seu impacto econômico e social positivo.
A diferença entre invenção e inovação está na questão da implementação e na propagação das ideias. O desafio está em fazer com que a inovação se transforme numa ideia que é implementada com sucesso. Para uma comunidade, para uma empresa, como a criação de uma rede cooperativa de produção e industrialização de bens locais, lançamento de novos produtos, à melhoria de produtos existentes ou à inovação organizacional para melhorar a eficiência da comunidade ou do processo produtivo. Ao nível macroeconômico, a inovação está intimamente ligada com o crescimento econômico e o desenvolvimento social.
Muitas vezes, os produtos que consideramos como inovadores são baseados em ideias de outros ou numa adaptação de produtos já existentes, ou seja, na transformação de uma ideia num êxito para os consumidores. Robert Sutton, no seu livro "Weird Ideas That Work". Lembra-nos que a criatividade envolve o uso de antigos conhecimentos aplicados de uma nova forma, e menciona três formas de o fazer:
Variação do produto, que consiste na aplicação de ideias antigas em determinados lugares, mas que se revelam novas/inovadoras para a organização; Dèjà vu, que aqui significa ver como se fazem coisas dentro e fora da empresa, mas aplicá-las internamente de novas formas: Quebrar com o passado, o que implica novas formas de atuar e de pensar outros lugares e pessoas.
A pessoa criativa é aquela que está apta a aplicar ideias, quer sejam novas ou de outros, de uma forma efetiva. Como foi dito pelo escritor Henry Miller:
" Todos os gênios são parasitas. Alimentam-se da mesma fonte - o sangue da vida... Não há mistério sobre a origem das coisas. Somos, todos, parte da criação, todos reis, todos poetas, todos músicos, só temos que nos abrir, descobrir o que já lá está."
A inovação pode ter um caráter muito mais amplo, não envolvendo diretamente a tecnologia, mas incluindo alguma mudança social. A inovação que envolve nos modelos, ou formas de negócio, ou ainda. A inovação organizacional, comunicacional, não tem necessariamente que envolver um avanço tecnológico. São inovações que valem por si só. Contudo, é a tecnologia que, ao fazer com que um produto seja difícil de imitar, lhe dá alguma proteção e, ao mesmo tempo, um elevado potencial de crescimento tornando possível a sustentabilidade de uma inovação.
Comentários